Equatorial explica porque está desligando clientes na cheia

A segurança pessoal e a proteção das famílias é o principal motivo do desligamento dos circuitos de energia dos moradores das áreas alagadas pelas cheias dos rios Tocantins e Itacaiúnas em Marabá no sudeste paraense. A Equatorial Pará esclareceu sobre os desligamentos que começaram a ser realizados nesta quarta-feira (22) na cidade. Pelo menos 200 clientes já tiveram sua energia desligada.

A situação ficou mais preocupante para os técnicos da concessionária paraense após a morte de um trabalhador por descarga elétrica quando este tentava voltar para casa em uma área já alagada.

Os representantes da concessionária de energia participaram de entrevista na Rádio Clube FM 100,7 Mhz, na manhã desta quinta-feira (23) durante o programa Clube da Manhã com Zeca Moreno.

Acompanhe abaixo a entrevista:

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Segundo Eliane Correa, executiva de relacionamento com clientes, a premissa maior é a segurança das famílias. "Sabemos que as pessoas que estão lá (nas áreas alagadas) são usuárias de energia, desejam ficar com energia nas suas casas, mas infelizmente em alguns momentos não será possível", declarou. "O risco é iminente de fatalidade, como aconteceu com esse senhor", explicou Eliane.

Mesmo para as famílias que residem em casas com dois pavimentos (altos e baixo), a orientação é a mesma: desligar a energia para evitar acidentes. De acordo com Ancelmo Carvalho, líder de serviços técnicos comerciais, não é interessante para a Equatorial desligar a energia dos consumidores, pois a empresa deixa de ganhar com isso, mas a prioridade é a segurança.

"Pedimos a compreensão de todos, o desligamento é feito em caráter de emergência, por segurança. Então todas as áreas onde nossos técnicos estão visitando diariamente, estão acompanhando a movimentação dos rios, e onde é detectado risco à segurança nós fazemos o desligamento", esclareceu.

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Sobre as residências de dois pavimentos, Ancelmo explica que mesmo nestas situações ainda há preocupação. "Essa energia continua ando tanto no pavimento debaixo, quando no de cima. Então, por conta da proximidade da água da cheia com os medidores de energia (relógio) e as tomadas nas residências, que estão nos dois pavimentos, altos e baixo, efetuamos o desligamento em caráter de emergência, visando sempre a segurança de nossos clientes", esclareceu.

A avaliação das áreas de possível risco é feita em parceria com o corpo de bombeiros e a Defesa Civil. Mesmo assim, a própria Equatorial tem um acompanhamento prévio e já se antecipa, fazendo o desligamento da área, se necessário com suas equipes, que usam lanchas nessas missões.

Ancelmo Carvalho explica também que mesmo que a água ainda não tenha chegado na casa de algum cliente, há a possibilidade de acidente pelo nível da água já ter chegado na rua, e ao pisar nessa água, o cidadão pode receber uma descarga elétrica, que pode ser fatal.

Natalia Pirovano, técnica de segurança da Equatorial, salienta que as tubulações elétricas também podem ficar cheias d'água, o que também pode resultar em acidentes. "Quando a água chega em um nível que já está atingindo as tubulações elétricas, é necessário que se faça o desligamento, o cliente precisa desligar o disjuntor da casa, até mesmo para que quando a Equatorial voltar para fazer uma fiscalização após as cheias, não aconteça nenhum acidente", declarou.

A Equatorial também informa que qualquer esclarecimento ou dúvida pode ser tirada pelos seus canais de atendimento: 0800 062 0196, pelo WhatsApp Clara (91) 3217-8200 ou pela internet: https://pa.equatorialenergia.com.br/